domingo, 13 de setembro de 2009

1 pt

sigo
pelas ruas esquecidas
dos dias passados
assim perdido
perco-me na chuva
desfaço-me na água
recolho restos
consumo momentos
vou atrás dos livros que devorei
as mesmas histórias
as mesmas esquinas
os mesmos recônditos recantos
que aprendi a sonhar
entre tabuadas
e jogos do galo
vou atrás das letras
das notas sem música
que alguém musicou
que foram pautadas
desajeitadamente
foram descritas
nos ramos de árvores frondosas
centenárias
que guardas no teu centenário jardim

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