o poema de hoje está feito
o poema de amanhã também
hoje escrevo para depois
escrevo para sábado
para o sábado que posso não ver
como dizem os crentes, se deus quiser
e eu, creio?
na noção de crer
acreditar
talvez mas não quero pensar nisso
não quero cansar-te com os meus dilemas
resta-me cansar-te
com a dúvida de não saber
se chegarei a publicar hoje
se publico amanhã o que escrevi hoje
se publico sábado
o que escrevi hoje
dos próximos segundos dependo
de cada um deles
da nostalgia de neles
em cada um
existir uma aventura
que vou viver predestinadamente
na expectativa de publicar
o que é já passado
menos
a próxima
linha
e esta e todas as seguintes
que estão a uns segundos de serem publicadas
a menos que caia agora fulminado
uns meros segundos antes de pressionar o botão
publicar
agora
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